17 Anos de Amor e Transformação: Família Acolhedora Faz a Diferença
No mês em que se comemora o Dia das Crianças, a Secretaria de Assistência Social (Semas) em parceria com a Fundação Fé e Alegria do Brasil, celebra os 17 anos de funcionamento do Serviço Família Acolhedora (SFA) de Vitória. Ele tem sua trajetória marcada pelo acolhimento de mais de 40 crianças e adolescentes vítimas de violências e negligência, por meio da oferta de um lar temporário na residência de famílias habilitadas para a função.
Ao longo desses anos, 52 famílias acolhedoras foram habilitadas e, parte delas, acolheram crianças, adolescentes e grupo de irmãos que estavam em acolhimentos institucionais do município. Atualmente, o serviço de acolhimento familiar atende a aproximadamente 7% da demanda, se comparado ao número de acolhidos em instituições. Nos serviços de acolhimento institucionais estão 59 crianças e adolescentes (dados da planilha mensal da Semas Vitória referente a agosto de2023).
Vivência marcante
Ser uma família acolhedora marcou a história da família da servidora pública Luciana Gatti. Para ela, esse serviço é definido, como uma oportunidade de ofertar amor e cuidado responsivo
A servidora pública contou que optou pelo acolhimento, quando percebeu que sua família poderia dividir a convivência com uma criança. “A partir daí, procuramos o serviço e, participamos de todas as formações até estarmos habilitados a fazer o acolhimento. Para nós, foi escolhido um menino, que na época estava com seis anos de idade. Posteriormente ele foi reintegrado à família”, contou ela.
Para a Luciana, a experiência confirmou que a partir do momento em que a criança passa a ter acesso a todas as políticas públicas voltadas para ela, abrem-se outras possibilidades para sua vida. Segundo ela, a criança passou a canalizar toda a sua intensidade e potencialidade em atividades nas aulas extracurriculares da escola e nas modalidades esportivas – futebol, capoeira e Muay thai.
“No desempenho dele nessas atividades é que percebi a intensidade do momento em que ele passava. É uma vivência que nada fecha aquela ferida. É uma dificuldade. Um sofrimento imenso que essa criança passa. A nós, família acolhedora, cabe tentar minimizar isso. Dar amor. Ofertar amor”, falou Luciana, emocionada.
Para lidar com tudo isso, Luciana contou com o apoio psicossocial e de outros profissionais que orientaram a família acolhedora quanto aos cuidados para proporcionar estabilidade emocional e melhora no desempenho escolar da criança. “Colocamos em vários espaços para que suas potencialidades pudessem ser desenvolvidas. Foi um período que ele pôde experimentar estímulos positivos, que fizeram a diferença na vida dele”, contou.
Para o casal Rosane Santos P. Leal e Alexandre Magno Mattos Leal ser uma família acolhedora tem o mesmo significado: “É um ato de amor”. “Uma experiência muito gratificante, aprendemos que somos capazes de amar, além do que pensávamos. A casa fica repleta de alegria e gratidão. Uma experiência desafiadora, mas cheia de aprendizado”, disseram eles.
Se antes de ser uma família acolhedora era um desafio para o casal Eliana Vicente dos Santos e Marcelo dos Santos Ribeiro, depois o fato transformou em momentos de alegria, aprendizado e em especial cheio de amor. “Mudamos a nossa rotina para essa nova fase, e como a nossa casa está alegre e cheia de vida”, disse Marcelo.
O casal comentou que a rede de apoio da equipe do Serviço Família Acolhedora, tornou tudo mais leve e estruturado. “Estamos muito alegres, com planos, nos reinventando a cada dia. Nos sentimos cheios de vida e com o coração cheio de alegria em poder contribuir com a evolução de uma criança”, declarou Eliana.
A coordenadora do serviço, Cristiane Bronzoni, destacou que o Família Acolhedora é uma modalidade de atendimento prevista em lei, voltado a crianças e adolescentes afastados de seus lares por medida de proteção.
“Quando a família de origem está fragilizada para o cuidado e a proteção, em vez de permanecerem no acolhimento institucional, eles ficam temporariamente na residência de uma família previamente cadastrada, até que a equipe técnica do serviço, em conjunto com a justiça, faça os encaminhamentos necessários para o retorno ao lar de origem ou, então, para a adoção”, explicou ela.
Para a secretária de Assistência Social, Cintya Schulz, o Serviço Família Acolhedora representa oportunizar a crianças e adolescentes a vivência em família, o cuidado, proteção integral e convivência comunitária. “Estar em família, mesmo que esta tenha o caráter provisório, garante uma atenção individualizada, permitindo a continuidade da socialização da criança e do adolescente e principalmente, o desenvolvimento em um ambiente seguro e acolhedor”.
Família Acolhedora
Podem se tornar uma família acolhedora, pessoas acima de 25 anos, que residam no município de Vitória e estejam dispostas a oferecer cuidado, afeto e proteção. O acolhimento é temporário, feito voluntariamente, por meio de um Termo de Guarda Provisória, emitido pela autoridade judiciária para a família acolhedora cadastrada e capacitada para a função. São acolhidas crianças e adolescentes, de zero a 18 anos incompletos, por meio de medida protetiva determinada judicialmente, quando esgotadas todas as possibilidades de estar com a família de origem.
Durante o acolhimento no serviço, a família acolhedora é responsável por assegurar os cuidados de saúde, educação e alimentação, além de proteger e proporcionar afeto à criança ou adolescente. Para tanto, o município assegura o atendimento educacional e de saúde na rede pública e um subsídio financeiro para os cuidados com o acolhido.
Seja você também alguém que faz diferença na vida de uma criança ou adolescente. Eles precisam de cuidado e proteção individualizada para que tenham um desenvolvimento sadio e se sintam ainda mais amados. Entre em contato com a nossa equipe por meio do telefone (27) 98141-0281.
Fonte: Prefeitura de Vitória.
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