Confira 10 dicas de como curtir o carnaval com segurança
Dance, pule e se divirta, mas com atenção! Criminosos aplicam golpes cada vez mais elaborados para enganar as vítimas na folia; veja as orientações
Já imaginou você, depois de curtir os bloquinhos de carnaval, chegar em casa todo feliz, mas perceber que levou um golpe? Ninguém quer passar a folia assim. Por isso, para evitar problemas, alguns cuidados são necessários para garantir um carnaval divertido e seguro. Confira as dicas.
Para evitar prejuízos é preciso estar sempre atento. Quando criminosos não fazem o uso da violência física durante o crime, é possível que as vítimas demorem para perceber o que aconteceu. Conversamos com o delegado Douglas Vieira, titular da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa), que auxiliou a reportagem a compor situações hipotéticas de golpes e como se proteger deles.
1 – Foi para isso que a pochete voltou à moda?
Não coloque nada nos bolsos. Apesar da função estética questionável, pochetes e doleiras são ótimas para carregar umas coisinhas. Contudo, o acessório virou alvo de bandidos, por ser o compartimento para carteira, celular e cartões. Esse tipo de furto é, geralmente, cometido por mais de uma pessoa. Enquanto alguém passa para abrir o zíper discretamente, outro furta os pertences sem que a vítima perceba. Por isso, esteja sempre acompanhado e ajude a ficar de olho em quem está perto.
Outra dica é colocar um cadeado ou um mosquetão prendendo o zíper em outra parte fixa do acessório. Assim, a ação que consiste em movimentos muito sutis não seria possível.
2 – Me dá um dinheiro aí
Para o dia a dia, pagamentos virtuais, feitos pelo celular, são uma opção incrível devido à praticidade. Mas, levando em consideração a quantidade de informações que devem ser digitadas, observadas e conferidas, você pode se sentir mais seguro optando pelo bom e velho dinheiro em espécie.
3 – No carnaval, aproximação só com proteção
Optar por levar o cartão para o bloco exige muitos cuidados, principalmente com a função de pagamentos por aproximação habilitada. O delegado Douglas Vieira alerta que, por mais que para efetuar os pagamentos seja necessário que o cartão esteja bem próximo, é bom protegê-lo.
O ideal é desabilitar a função no aplicativo do seu banco, mas uma dica é guardar em um case que inibe o sinal necessário para o pagamento por aproximação. “É uma dica muito válida. É um alumínio que bloqueia esse sinal da aproximação”, disse o delegado, que contou que também usa esse tipo de proteção.
4- De olho na telinha… da máquina
Máquina de cartão com visor quebrado, não dá. Se não tem como ter certeza do valor que está sendo cobrado, não insira a senha. Se o display estiver funcionando perfeitamente, não quer dizer que não precisa de atenção e o alerta também vem da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
“Muitas vezes, o golpista também usa algum truque e desvia a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que o bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”, alerta Adriano Volpini, diretor do comitê de prevenção a fraudes da Febraban, em comunicado da empresa.
5 – Não tire o olho do cartão
O golpe da troca de cartão acontece da seguinte forma: o criminoso induz a vítima a digitar a senha do campo onde o vendedor digita o valor da compra. Diferentemente do campo destinado ao código secreto — onde apenas asteriscos aparecem na tela —, o “valor” fica visível. Em posse desse dado, vem a segunda parte da farsa: a troca.
Os bandidos vão trocar o seu cartão por um da mesma empresa. O design minimalista de alguns cartões, que são de uma cor só — como roxo, laranja, verde, amarelo, entre outros —, acaba sendo uma vantagem para pegar quem está desatento. Por isso, não perder o cartão de vista é tão importante. Uma ideia é colar um adesivo no cartão. Isso vai ajudar a reconhecê-lo.
Além disso, os criminosos costumam filmar ou fotografar o cartão da vítima. Com as informações contidas no cartão — número, data de vencimento e código de segurança —, é possível realizar compras na internet ou até cadastrar o cartão em aplicativos de comida e transporte.
Então, se na hora de fazer o pagamento a pessoa alegar que aconteceu algum erro e que vai “ali” passar o cartão longe de você ou pegá-lo da sua mão para efetuar o pagamento por baixo do balcão, por exemplo, desconfie. Faça imediatamente o bloqueio para compras on-line, o que é possível realizar, com facilidade, na maioria dos aplicativos de bancos e carteiras virtuais. O titular da Defa lembra que colar uma fita em cima das informações do cartão já dificulta muito o trabalho dos golpistas.
6 – Qual é seu nome?
Caso o pagamento seja feito por meio do Pix, os bandidos também podem se valer da falta de atenção do folião. Por isso, ao pagar — seja por QR Code, chave pix ou alguma carteira virtual —, confira as informações do destinatário do dinheiro.
A FC Nuvem, empresa especializada em cibersegurança e jornada de dados, também alertou sobre os pagamentos digitais. “Como é possível fazer pagamentos com um código ou com QR Code, golpistas enganam a vítima e manipulam esses dados, direcionando a transferência para outro recebedor. É fundamental que o cliente, antes de concluir o pagamento, verifique o nome de quem receberá o dinheiro, para confirmar que se trata do destinatário correto”, disse comunicado da empresa
Se possível, eleja um amigo que pretende não beber para gerenciar os pagamentos da turma, como recomenda o delegado Douglas Vieira. Isso evita que você envie pagamentos a desconhecidos.
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