Tribunal de Contas autoriza aumento salarial para os prefeitos de seis municípios do Espírito Santo
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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES) revogaram, na sessão plenária realizada nesta terça-feira (11/02), as cautelares que proibiam o aumento de salário dos prefeitos de Vila Velha, Serra, Cariacica, Piúma, Água Doce do Norte e São José do Calçado. Com isso, os gestores poderão receber os salários com valores aprovados nas legislações mais recentes. O relator deu a nova decisão ao reavaliar jurisprudências do Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme sugerido pelo conselheiro Rodrigo Chamoun na primeira discussão sobre o assunto, Aboudib propôs, então, que fossem instaurados Incidentes de Constitucionalidade para posterior avaliação das legislações municipais.
“Em respeito ao pedido inicial do Ministério Público de Contas, proponho também a análise da Lei de Responsabilidade Fiscal das legislações, ponto não observado inicialmente, para a concessão das cautelares”, concluiu o relator.
As novas propostas de Aboudib foram acolhidas em Plenário por maioria.
Incidente de Constitucionalidade
A Assessoria de Comunicação do TCE-ES destaca que o Tribunal, no exercício das suas atribuições, pode pronunciar-se sobre a inconstitucionalidade de leis e de atos do Poder Público.
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Neste caso, a equipe do TCE-ES irá analisar, de forma individualizada, as leis aprovadas nos municípios que tratam do aumento de salário dos prefeitos. Cada lei vai ser estudada e analisada para ver se está de acordo com a Constituição Federal.
Medida cautelar
A medida cautelar tem a finalidade de, emergencialmente, prevenir, conservar, proteger ou assegurar direitos, por haver fundado receio de grave ofensa ao interesse público ou de ineficácia das decisões do tribunal.
A assessoria do TCE-ES frisa que a medida cautelar poderá ser concedida no início ou no decorrer do processo, podendo a decisão ser revista a qualquer tempo por essa Corte de Contas.
A cautelar não indica julgamento terminativo do mérito, ou seja, não é possível atribuir valor ético e formal à conduta do agente a partir desta decisão.
(Fonte: Censura Zero)
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Jornalista, formado em Gestão Pública e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político há mais de 15 anos.