Carnaval 2022 é tema de debate na Câmara de Vitória
Os vereadores da Comissão de Cultura e Turismo da Câmara de Vitória receberam, nesta quinta-feira (26/08) o Secretário de Cultura Luciano Picoli Gagno e os presidentes Sandro Rosa, da Liga do Espírito Santos e Edson Neto da Liga do Grupo Especial (Liesge) para analisar as perspectivas para o Carnaval de 2022. O evento contou também com diversos representantes e membros das Escolas de Samba.
O presidente da Comissão de Cultura, vereador Anderson Goggi abriu a reunião parabenizando o Secretário por conseguir “resgatar recursos que estavam perdidos, para as agremiações”. Trata-se de um Edital que prevê recursos de R$300 mil.
“Isso é respeito ao nosso trabalho”, declarou Edson Neto, presidente da Liesge. “Independente de ter ou não carnaval, a presença do Secretário no evento da feijoada das escolas, onde ele viu como as escolas estão se preparando com toda a dificuldade é sinal de respeito”. Ele destacou que a realização do Carnaval depende da vacinação.
Edson Neto lembrou também do papel social das Agremiações. “Durante um ano e dois meses trabalhamos só a parte social, confeccionamos e distribuímos máscaras”, disse. Ele citou um projeto que está sendo elaborado com a Secretaria, de ensinar instrumentos musicais como cavaquinho para os alunos, durante o contra turno das aulas.
“Esse edital é um trabalho de equipe, provocado pelas Escolas de Samba. Através do diálogo percebemos o martírio pelo qual vêm passando as escolas de samba”, destacou o Secretário Luciano.
“Vimos a carência de recursos para o ano que vem e prevemos que até o final de novembro, com a aplicação da segunda dose, será possível a realização do Carnaval”, acredita. “Não é um recurso suficiente, mas vai dar uma injeção de ânimo”, destacou.
Cultura popular nas escolas – O projeto de levar educação artística e musical para todas as escolas municipais de Vitória foi detalhado pelo Secretário. “O edital permite que a gente contrate oficineiros de dança, música e teatro por dois anos. Isso vai gerar uma estabilidade na contratação desses profissionais. São 75 oficineiros para atender a 12 mil alunos. É uma possibilidade de enriquecer o currículo desses jovens e abrir novas oportunidades e horizontes”.
A vereadora Karla Coser se apresentou como uma entusiasta do samba. “Precisamos falar da importância econômica do carnaval, para além do cultural. O investimento feito de R$1,2 milhão de reais retorna para cidade em torno de R$ 13 milhões. O setor hoteleiro tem cerca de 70% de ocupação nesse período. Essas ações não são só culturais, mas também um ponto importante da saúde financeira de nossa cidade”, disse.
A vereadora afirmou ser importante falar da geração de emprego. “Essa iniciativa de contra turno para os jovens da nossa cidade, garante a permanência dessa tradição”. Ela lembrou da importância da vacinação para a realização do evento.
O vereador Duda Brasil perguntou sobre a possibilidade de as escolas arrecadarem suas próprias verbas ao longo do ano usando o espaço do Sambão do Povo. Ele sugeriu a venda de camisas, réplicas de fantasias, e outros souvenires.
O presidente da Liesge respondeu que a verba pública é investimento, já que traz muitos recursos para a cidade. Sobre o uso do Sambão, Edson Neto acredita que seria preciso uma concessão, porque envolve também o trânsito local. “Depender cada vez menos do Poder Público é um sonho”, afirmou.
Anderson Goggi ressaltou a união das Ligas. “Quando há união no samba, todos ganham!” “Precisamos discutir a retomada dos ensaios, do carnaval. A vacina adiantou e acreditamos muito no carnaval do ano que vem, com responsabilidade”. O vereador adiantou que vai apresentar um projeto que institui o desfile das escolas de samba patrimônio imaterial da cidade de Vitória.
Os membros da comissão também aprovaram o Projeto de Lei 108/2021, do vereador Davi Esmael que institui a Política Municipal de Prevenção ao Abandono e Evasão Escolar.
Estiveram presentes os vereadores: Anderson Goggi (PTB), Duda Brasil (PSL) e Karla Coser (PT).
Reprodução CMV
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