Carnaval ES: Sesa avalia medidas para realizar desfiles e autorizar blocos de rua
O cancelamento do Carnaval de Vitória, assim como a autorização para desfile de blocos de rua nos municípios capixabas, devem ser avaliados nos próximos dias pela Secretaria de Saúde, junto com as cidades do Espírito Santo.
Em coletiva na manhã desta quarta-feira (5), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, afirmou que medidas distintas estão sendo discutidas.
“Nós iremos estabelecer uma agenda com os municípios capixabas para avaliar o cenário possível do mês de fevereiro, onde o cancelamento do carnaval estará em avaliação com os mesmos. Estamos discutindo medidas distintas para o carnaval do sambódromo e medidas que poderão ser aplicadas ao carnaval de rua no Espírito Santo”, destacou.
Segundo o secretário, também está sendo levado em consideração a suspensão das festas em outros municípios brasileiros, inclusive capitais, como anunciou o Rio de Janeiro na última terça-feira (4).
“Temos uma situação epidemiológica complexa e uma cobertura com a terceira dose insuficiente para enfrentar, de maneira mais segura, a variante Ômicron. No mês de janeiro, precisamos avançar na ampliação da cobertura vacinal da segunda e terceira dose com uma condição imunológica da característica da comunidade para enfrentar, com menor risco, a circulação predominante da Ômicron”, afirmou o secretário.
Predominância da variante Ômicron
Durante a transmissão, Nésio falou também sobre as consequências das interações sociais no Natal e Réveillon. Segundo ele, as festividades de fim de ano foram inadequadas em todo o país, o que determinará uma rápida virada da predominância da variante Ômicron no Brasil.
“Preciso compartilhar que a fotografia no momento mantém o alerta já anunciado nas últimas semanas. Temos uma sobreposição muito perigosa da covid-19, vivendo uma predominância para a Ômicron em relação à que existia da variante Delta”, alertou.
Aumento na média móvel de óbitos e resultados positivos
Um outro ponto abordado pelo secretário foi o aumento na média móvel de óbitos de 14 dias, que passou de 2.8 em 20 de dezembro, para 3.4. Além disso, houve também um aumento de 30% na positividade dos testes.
“Não podemos naturalizar o comportamento dos óbitos ou acreditar que iremos reconhecer somente uma situação de desastre, de comportamento novo, se voltarmos a ter óbitos de 2 dígitos no Espírito Santo. Consideramos que o aumento na média móvel não é aceitável e não iremos reconhecer uma situação de complexo risco aguardando que podemos voltar a ter 10, 15 óbitos por dia”.
“Esse cenário é sobreposto com a concomitância da epidemia da influenza, que deve se arrastar ao longo de janeiro, podendo se estabilizar e assumir um comportamento de queda nos municípios onde ela foi mais violenta nas últimas semanas. Mas deve caminhar para uma migração dos municípios médios e pequenos do interior do Espírito Santo, desenhando um cenário muito complexo”, disse o secretário.
Estado distribuiu 400 mil testes aos municípios
Na última terça-feira (4), foram distribuídos 400 mil testes de antígenos aos municípios capixabas. A recomendação do secretário é que eles sejam aplicados por livre demanda diante de qualquer sintoma ou suspeita da infecção por covid-19.
“O Estado vive um contexto de ampla oferta de testagem. Temos reiterado a orientação para que a testagem se dê, principalmente na atenção primária, nas unidades básicas, e que a população tenha acesso facilitado, inclusive anterior à avaliação médica. Recomendamos que os testes sejam aplicados por livre demanda diante de qualquer sintoma ou suspeita, inclusive por contato com ambiente aglomerado, ao após ter ido à uma festa. A testagem de antígeno é muito específica, então quando o resultado dá positivo, ele é positivo”, destacou.
Muitos ausentes nos pontos de testagem
Apesar da ampla oferta de testes, o número de ausentes nos pontos de testagem foi muito grande durante o período de festas de fim de ano. O secretário reforça a importância da testagem, bem como as medidas preventivas, como isolamento e uso de máscara.
“A população precisa compreender que, diante de qualquer sintoma, a primeira medida é isolamento, é usar a máscara permanentemente. Tendo sintomas, a pessoa deve isolar-se, utilizar máscaras, dar relevância aos sintomas e procurar a testagem para investigar a possível infecção. Esse rito do isolamento perdeu a capacidade de implementação pela adesão própria das pessoas e isso precisa ser revisto por todos.”
Reprodução Folha Vitória
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