Desestatização do Porto de Vitória é discutida na CMVV

Desestatização do Porto de Vitória é discutida na CMVV

A convite da Vereadora Patrícia Crizanto (PSB), a Câmara de Vila Velha recebeu na noite desta quarta-feira, 30/06, a Dra. Flávia Nico, Economista doutora em Ciências Sociais (PUC/SP), Socióloga e fundadora do Observatório Cidade e Porto/UFES, que explanou sobre a “Desestatização do Porto de Vitória”.

A desestatização da Companhia Docas do Espírito Santo – CODESA – tem sido falada desde o ano de 2019. O processo envolve o que será feito com a empresa pública e com os portos organizados de Vitória e Barra do Riacho. Em seu discurso, a Dra. Flávia afirma que busca mobilizar e impactar a todos, para que olhem para o porto e enxerguem muitas coisas que estão acontecendo e que tem passado despercebido, como se ninguém tivesse ciência dos fatos. “Muitas pessoas me falam que o porto está de costas para a cidade. De fato, o porto está de costas para a cidade! É muito importante trazer esse debate porque o processo está todo sendo desenvolvido em Brasília. A gente não está participando. A sociedade não está se envolvendo. O que me incomoda muito na hora que a gente olha para esse debate do porto com a cidade, é que existe um imenso silêncio.”

Na prática, a desestatização fará com que a CODESA deixe de ser empresa pública e vire empresa privada, sendo que as áreas do Porto de Vitória e Barra do Riacho continuam sendo da União e serão explorados por, no mínimo, 35 anos. “Em termos práticos, para a cidade, não muda muita coisa. O que vai mudar de fato é o que vai ser feito com esse Porto a partir daí.” Para ela, os poderes precisam repensar o Porto como motor de desenvolvimento local, fazendo com que a cidade cresça mais.

Reprodução PMVV