Encontro com Escritora Cativa Estudantes no Clube de Leitura Crianças Mágicas
Em uma manhã mágica, daquelas que enchem o coração de alegria e esperança, os estudantes do Clube de Leitura “Crianças Mágicas”, da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Otto Ewald Júnior, em Itararé, embarcaram em uma jornada literária repleta de encanto e sabedoria. O destino? O universo de Noélia Miranda, uma autora capixaba que se dedica a criar obras que promovem a educação antirracista.
Os pequenos leitores tiveram a oportunidade de se encontrar com Noélia, no auditório da escola, e conhecer um pouco mais os detalhes de suas histórias que quebram barreiras e ensinam a importância da igualdade racial. Por isso, notou-se no encontro uma atmosfera descontraída e cheia de entusiasmo, com histórias cativantes sendo compartilhadas e perguntas curiosas fluindo da mente criativa dos alunos.
Camila Medina e Viviana Quintas foram as professoras que lideraram este projeto especial que envolveu toda a equipe da Emef Otto Ewald Júnior. O espírito de união também se manifestou através do talento da professora de artes, Maria Cristina Médice, que criou um painel inspirado na personagem da obra “Zacimba Gaba”, de Noélia Miranda, que fez os corações das crianças palpitarem de emoção.
Este encontro literário faz parte do grandioso projeto “Sankofa – A África que existe em nós”, idealizado pela professora Camila Medina na turma do 1º ano C, do turno matutino, e que se expandiu para abraçar todos os alunos do Clube de Leitura Crianças Mágicas, que acontece sob a orientação da professora Viviana Quintas.
O objetivo deste projeto é claro e objetivo: promover o reconhecimento e valorização da cultura afro-brasileira e africana através de livros que colocam protagonistas negros no centro das histórias. Esta iniciativa visa apoiar a Lei n° 10.639/2003, que combate o racismo de frente. Camila Medina explicou a ideia que deu início a essa jornada: “A motivação surgiu quando percebi que alguns alunos não se reconheciam nas crianças pretas presentes no livro de geografia”.
Nesse sentido, a professora Viviana complementou: “As ações do projeto incentivam o respeito às diferenças no contexto da escola e para além do ambiente escolar. Acreditamos na educação como forma de transformação para tornar o mundo um lugar que respeita as diferenças. Reconhecemos que uma educação antirracista é fundamental para combater o racismo e criar uma sociedade mais justa e igualitária”.
As atividades do projeto mergulharam nas páginas de obras como “Zacimbinha, Princesa, Sapeca e Guerreira”, uma homenagem à infância da princesa de Cabinda-Angola, e “Zacimba Gaba, princesa guerreira, a história que não te contaram”, uma narrativa genuína sobre os povos quilombolas instalados no norte do Espírito Santo, ambos da autora capixaba Noélia Miranda.
O projeto também ofereceu uma exibição do curta-metragem “Dúdú e o Lápis de Cor da Pele”, dirigido por Miguel Rodrigues, que abordou o racismo estrutural na sociedade e a jornada de autodescoberta de um menino negro. Além disso, as crianças tiveram a chance de ler “Que cor é a minha cor?”, de Marta Rodrigues.
Mas a magia não parou por aí! Os alunos foram convidados a criar autorretratos, usando uma caixa de lápis de cor com diversos tons de pele, pintando-se com as cores que sentiam que os representavam. Essas obras-primas foram exibidas em um painel na escola, celebrando a diversidade e a criatividade.
As ações do projeto continuarão até o dia 20 de novembro, quando haverá uma culminância especial no Dia da Consciência Negra. Camila Medina resumiu com sabedoria: “Acreditamos que esse projeto possibilitará o avanço tanto da leitura de mundo, quanto da leitura da palavra, sobretudo, buscando proporcionar vivências de respeito a fim de melhorar as relações étnico-raciais em apoio à Lei 10.639/2003, dentro de uma perspectiva antirracista.”
Os estudantes também manifestaram a satisfação com a união dos projetos. Samantha Freitas, estudante, compartilhou: “Eu achei muito legal os livros dela, que tratam de temas muito interessantes para nós, para gente saber o que aconteceu no passado para as coisas serem como são hoje. Então é muito legal. A Noélia é uma pessoa muito simpática, ela é muito legal, e também fez perguntas para nós. Ficamos felizes com a presença dela porque todo mundo aqui na sala gosta dos livros dela”.
Ana Beatriz Soares acrescentou: “Eu gostei muito dos livros porque as histórias nos fazem aprender muita coisa. O racismo é muito triste, e sei que, aos olhos de Deus, todo mundo é igual. Então, quando ouvimos essas histórias, é muito importante para gente saber como as pessoas se sentem a ter o racismo e a gente ter a noção de como as pessoas se sentiriam se a gente fizesse”, contou.
Fonte: Prefeitura de Vitória.
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