Encontro formativo com diretores das 103 unidades de ensino é promovido pela Educação

Encontro formativo com diretores das 103 unidades de ensino é promovido pela Educação

Promover ações que fortaleçam a boa convivência e uma relação de respeito entre toda a comunidade escolar é uma das premissas básicas da Secretaria Municipal de Educação (Seme). Por isso, a pasta reuniu, nesta segunda-feira (26), os diretores das 103 unidades de ensino de Vitória, no auditório da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Aristóbulo Barbosa Leão, em Bento Ferreira, para um encontro formativo sobre comunicação não violenta.

“Essa é uma ação que faz parte do nosso alinhamento com os gestores que atuam nas unidades de ensino da rede. São profissionais que exercem um papel fundamental para garantir uma escola acolhedora, com uma escuta respeitosa. Precisamos estar atentos para que nenhuma violência passe despercebida, para que possamos de fato construir uma cultura em que as escolas tenham ambientes cada vez mais seguros, saudáveis, alegres e acolhedores para toda a comunidade escolar”, explica a secretária de Educação, Juliana Rohsner.

O encontro teve a presença da educadora parental e facilitadora de comunicação não violenta Andreza Araújo Nagipe, além da advogada e especialista em comunicação não violenta Aline Moreira. As profissionais apresentaram os conceitos básicos sobre o tema e promoveram diversas dinâmicas que permitiram uma rica troca de experiências e valores entre os gestores.

“A comunicação não violenta é uma comunicação clara e colaborativa, empática, presente, respeitosa e que sabe ouvir. Mais importante ainda, ela é corajosa. A gente não aprende a dizer o que precisamos, o que estamos sentindo, e não é fácil, mas quando conseguimos traz um grande alívio. Aprender a dizer não para o outro é um sim para si mesmo. É importante saber que quando a gente comunica, ser autêntico e corajoso é o que nos conecta com o outro. Muitas vezes é um desafio na nossa sociedade pensar, refletir e aplicar isso porque estamos sempre com pressa”, explicou Andreza Nagipe.

Diante deste cenário, e educadora reforça que um dos grandes desafios é colocar em prática uma comunicação empática, que permita de fato uma conexão com o outro. “Isso exige assumir um nível de vulnerabilidade que não estamos acostumados. Colocar isso de forma real exige muita coragem. É muito importante ter a intenção de se conectar com o outro verdadeiramente, para buscar caminhar juntos numa solução”, enfatizou.

Por sua vez, a advogada Aline Moreira destaca que muitas vezes os conflitos e ruídos na comunicação surgem porque as pessoas têm dificuldades de dar nome aos sentimentos. “Nós não temos vocabulário para nomear o que sentimos. Não temos recurso emocional para conseguir dizer de forma clara. E não sabemos com ensinar as crianças, por exemplo, a fazer isso, porque nós mesmos não aprendemos a fazer. A comunicação não violenta busca trazer esses recursos, por meio de alguns passos, como a observação e a necessidade”, afirmou durante sua apresentação.

Respeito e empatia

Para os diretores que participaram do encontro formativo, o debate sobre o tema foi de grande valia para colocar a empatia e o respeito em prática com ainda mais eficiência, fortalecendo a cultura de paz e promovendo ambientes agradáveis e acolhedores para os profissionais da educação, crianças, estudantes e seus familiares.

“A palestra de hoje foi muito potente e nos ajuda quanto gestores na resolução de conflitos por meio de diversas práticas que estimulam a compaixão e a empatia. Quando diz sobre a comunicação não violenta e o ouvir o outro, pois fazemos isso o tempo todo dentro das nossas unidades de ensino. Gostei bastante, pois ela se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos mesmo em condições adversas”, destacou a diretora da Emef em Tempo Integral (Emef TI) Professora Eunice Pereira Silveira, Eliane Amorim.

 

“Um encontro muito importante para darmos sequência as nossas atividades, é uma temática que já vem sendo discutida e trabalhada dentro da nossa rede, então foi superinteressante e produtível falar disso com os nossos pares. Em nossa função de gestão, exercemos todos os dias a função da escuta, levando em consideração as necessidades da equipe escolar, da comunidade, dos estudantes. Por isso, foi um momento super importante e construtivo para nossa atuação enquanto gestores. É muito importante dentro das nossas unidades de ensino, que consigamos realmente qualificar as relações com a comunidade escolar”, afirmou a diretora da Emef TI José Lemos Miranda, Carla Ogioni.

 

“A palestra de hoje traz para nós gestores um assunto de suma importância. Vem nos mostrar ferramentas que podem facilitar a convivência e o exercício do diálogo dentro das nossas unidades escolares, com estudantes servidores e famílias! Vem nos lembrar também de que fazer uma escuta ativa e empática é muito diferente de apenas ouvir. Uma boa escuta muitas vezes evita episódios de violência verbal e física”, pontuou a diretora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei TI) Menino Jesus, Fernanda Moraes.

Fonte: Pefeitura de Vitória.