Vereador Luiz Emanuel: “Acredito na importância da luta política transformadora e na defesa dos valores conservadores da família, de nossos costumes e da Pátria!”
Ex-prefeito João Coser: “Fez o que o PT mais gosta de fazer: obras superfaturadas!”
Com uma carreira marcada por debates, lutas e conquistas, o vereador Luiz Emanuel Zouain da Rocha comenta suas motivações e avanços na política. Natural de Afonso Cláudio, estudou em escolas públicas. Obteve diploma em Matemática pela UFES e mora em Vitória há quase quarenta anos. Hoje, aos 61 anos, com trajetória longeva, está em seu terceiro mandato consecutivo como vereador da cidade.
Comentando sua carreira, Luiz Emanuel lembra de sua gestão como Secretário Municipal do Meio Ambiente, na gestão do então prefeito Luciano Rezende, entre 2017/2020. Trabalhou para corrigir o tratamento do esgoto na cidade: “Não havia esgoto 100% coletado e tratado como anunciado pelo PT”. Além disso, atuou para reduzir a poluição atmosférica e trazer para Vitória o Projeto Baleia Jubarte, iniciando assim a prática do “Turismo de Observação” para admirar o balé das baleias Jubarte em nossa costa.
Conhecido por defender valores conservadores, Luiz Emanuel comenta a eleição de Lula e a atual situação da democracia e do direito no país: “Olha, devolver o poder ao Lula e ao PT trará uma profunda crise ao país!” Comenta também a gestão do ex-prefeito João Coser: “Fez o que o PT mais gosta de fazer: obras superfaturadas!”. Aproveita para comentar também a gestão do atual prefeito, Lorenzo Pazolini: “Vou apoiar o Lorenzo nas próximas eleições, mas ainda há espaço para melhorias em sua gestão!”.
O que o motivou a entrar para a política?
Entrei para a política porque acredito na importância da luta transformadora em favor da pátria, da vida, das famílias e de uma relação harmoniosa com todas as formas de vida. A política tem o poder de promover mudanças significativas em todas as áreas. Ela é um instrumento de caridade em relação ao ser humano, aos animais, à natureza e a tudo que envolve o espaço onde as pessoas vivem. É por meio do poder político que podemos estabelecer políticas públicas que tragam, de fato, melhoria na qualidade de vida das pessoas.
Fale sobre seu início na política como vereador da capital, suas primeiras lutas e conquistas que consolidaram sua liderança e representatividade.
Em 2004 fui candidato a Vereador de Vitória pela primeira vez e tive 1423 votos. Em 2008, em minha segunda tentativa, obtive 2501 votos. Em 2012 conquistei a vaga obtendo 4838 votos e tendo sido o 4º Vereador mais votado da Capital e do Estado. O resultado dessa minha eleição em 2012 tem tudo a ver com a oposição incisiva que liderei como presidente do PSDB da Capital contra a gestão petista de João Coser, marcada por inúmeras denúncias de corrupção. Como Vereador a partir de 2012 entrei na agenda de segurança, mobilidade urbana, acessibilidade e, particularmente, na luta pelo bem estar dos animais, uma agenda até então tratada com extremo preconceito pelo meio político e por parte da sociedade.
Com humildade, fui um desbravador político sobre esse tema. A aprovação da Lei 8678/2014 que proibiu o uso de carroças e tornou Vitória até hoje, como a única Capital do Brasil sem carroças é uma das poucas cidades que regularam por Lei essa proteção aos equinos. Também sou autor da Lei 9077/2017 que combate à pesca predatória em nossa baía e protege nossa fauna marinha. Sou autor da Lei que proíbe a contratação de animais para fins de guarda patrimonial e da Lei que proíbe a exposição de animais em Pet Shops e similares.
Quais foram suas atuações nos bairros da região norte de Vitória e como isso fortaleceu sua representatividade?
Como morador de Jardim da Penha há 39 anos, era natural que fosse reconhecido como um vereador da Região 9, principalmente porque fiz desde então a luta política contra o PT e a esquerda, até então muito centrada em Jardim da Penha. Com o primeiro mandato essa liderança à direita ficou consolidada. Veio o 2º mandato e simultaneamente assumi a Secretaria de Meio Ambiente como seu gestor.
Aí às lutas que travei em defesa da balneabilidade da Praia de Camburi, minha luta contra o Pó Preto, o plano de arborização que institui na cidade e várias outras agendas ambientais, consolidaram definitivamente essa nossa liderança.
A Associação dos Amigos do Parque Pedra da Cebola (AAPPC) ampliou sua atuação na Região Norte. Como essa parceria contribuiu para sua liderança?
A parceria com a Associação foi muito importante. Trabalhamos juntos para transformar um projeto em torno do futebol que atende há mais de 300 famílias da cidade e que necessitava de uma estrutura compatível com sua importância. Construímos assim um campo de grama sintética com arquibancadas, paisagismo ao redor e vestiários renovados. Foram investidos mais de um milhão e duzentos mil reais, tornando o local reconhecido como o melhor da cidade dentro do Parque da Pedra da Cebola, então sob minha gestão.
Quais foram as principais ações do senhor durante seu mandato como Secretário Municipal do Meio Ambiente?
Fizemos uma pequena revolução na cidade a partir da agenda ambiental. Algumas ações já citei acima, como a arborização urbana da cidade. Foram mais de 11 mil árvores plantadas em nossas vias públicas e mais de 300 mil outras plantadas em nossas Unidades de Conservação. Reformulamos o Código Municipal de Meio Ambiente e aumentamos o valor das multas ambientais para enfrentarmos efetivamente as grandes poluidoras. Com nosso enfrentamento à Vale e a CESAN, reduzimos a poluição atmosférica em 43% na cidade e retiramos mais de 20 milhões de litros de esgoto que eram jogados por dia em nossas praias, tornando Camburi balneável para banho em 84% do tempo, trabalho reconhecido pelo Instituto Trata Brasil e que nos premiou nacionalmente. Construí a sede do Parque do Mulembá, em Joana D’arc, a sede do Parque Gruta da Onça, no Centro, e os mirantes do Parque da Fonte Grande. Ampliamos em 40 metros a faixa de areia nas praias da Curva da Jurema e Camburi/Sul.
Criei a primeira Unidade de Conservação Marinha da Cidade, a APA “Baía das Tartarugas”, além de ter levado os jacarés Caimans para serem cuidados no antigo Parque da Fazendinha, em Jardim Camburi. Eliminamos mais de 300 imposições burocráticas que dificultavam a emissão de licenças ambientais na cidade, facilitando assim a vida dos empreendedores locais. Fiz o PRIMEIRO e MAIOR programa de castração pública gratuita de cães e gatos do Estado: foram mais de 8.500 animais castrados por CPF de seus tutores. Sou o idealizador dos PraCães e em minha gestão construímos os primeiros 10 PRACÃO da cidade em vários bairros. As abelhas sem ferrão são culturas hoje encontradas em nossos parques a partir de uma relação que construímos com a Associação dos Meliponicultores em nossa gestão. O Atlântica Parque e o futuro Parque Costeiro são obras de compensação ambiental que impusemos a Vale através de TCA. Enfim, como disse, uma “pequena revolução” em 4 anos.
Quais resultados você trouxe para a cidade de Vitória em relação à melhoria da qualidade do ar?
Durante minha gestão, conseguimos reduzir a poluição atmosférica em Vitória, especialmente em relação às partículas sólidas no ar. Implementamos medidas rigorosas para monitorar, fiscalizar e controlar as emissões de poluentes vindos das chaminés das empresas da Ponta de Tubarão, incluindo partículas sólidas, gases tóxicos e outras substâncias nocivas.
Como resultado, reduzimos a poluição em 43%, melhorando significativamente a qualidade do ar em nossa cidade. Para isso, entretanto, tivemos que agir como verdadeira polícia administrativa ambiental e através de nossas ações chegamos a paralisar as atividades do Porto de Tubarão por 4 dias.
O Projeto Baleia Jubarte foi implantado durante seu mandato como Secretário Municipal de Meio Ambiente. Pode contar a importância desse projeto?
O Projeto Baleia Jubarte foi uma ação conjunta entre nós (SEMMAM) e a Secretaria de Turismo, à época liderada pelo Leo Krohling. No início do meu mandato como Secretário Municipal de Meio Ambiente, fui informado pelo oceanógrafo Paulo Rodrigues sobre a migração das baleias Jubarte da Patagônia Argentina para nossa região.
A partir daí, trabalhamos em parceria com a Secretaria de Turismo para preparar a cidade para receber as baleias. Atualmente, mais de 25 mil baleias Jubarte estão em nossa costa entre os meses de abril e novembro. O turismo de observação das baleias jubarte tornou-se um importante ativo para a cidade e que só tende a crescer.
Além disso, criamos o Memorial Baleia Jubarte, um espaço de Educação Ambiental frequentado por escolas, onde os alunos aprendem sobre a importância dessas espécies e seu papel no ecossistema marinho. O projeto contribuiu para a conservação das baleias jubarte, para a promoção do turismo sustentável e para a conscientização sobre a importância da preservação das espécies marinhas.
Um dos seus principais feitos como Secretário de Meio Ambiente foi desmentir a afirmação de que Vitória tinha 100% do esgoto tratado na gestão do ex-prefeito João Coser. Você poderia falar um pouco mais sobre isso?
João Coser (PT), finalizou sua gestão em Vitória “comemorando” a universalização do saneamento básico na cidade. Uma Fake News! Ao chegar à SEMMAM chamei isso de mentira oficial e prometi a cidade que provaria isso. As evidências da “mentira oficial” eram claras e tomamos medidas para corrigir essa situação. Votamos na Câmara Municipal uma lei que obrigava o município a fiscalizar e garantir que os imóveis estivessem devidamente ligados à rede de esgoto e fizemos cumprir a Lei em minha gestão. Ao longo desse período, mais de 25 mil pontos foram conectados à rede de esgoto da cidade. Denunciei e provei que em muitos locais a CESAN coletava o esgoto e o jogava ao mar, sem tratamento. Essas ações resultaram num crescimento de 17,7% na cobertura de coleta e tratamento de esgoto e fomos reconhecidos nacionalmente pelo Instituto “Trata Brasil” que premiou Vitória como a cidade do país que mais cresceu nesse trabalho.
Qual a opinião do senhor sobre a gestão do ex-prefeito João Coser?
Do ponto de vista ético, desastrosa como só o PT sabe fazer. Os escândalos acumulados com o programa de desapropriações de imóveis, muitos até hoje sem utilização, além de obras comprovadamente superfaturadas, manchou de vergonha nossa cidade. Veja o caso da Petrobrás, obra realizada pelos governos Lula e Coser de forma simultânea. Começou com custo previsto de 80 milhões e terminou custando mais de 550 milhões de reais, com provas cabais de superfaturamento e que foram alvo da CPI da Petrobras e depois da CPI da “Lava Jato”. Os quiosques de Camburi, o Tancredão, a Ponte da Passagem e a Fábrica 747 são outros exemplos da gula do PT por dinheiro público. Para o PT a pilhagem dos cofres públicos é quase um fetiche.
O senhor é conhecido por realizar críticas contra o governo Lula. Como o senhor imagina que a nova eleição do Lula foi possível?
Lula é o líder da maior quadrilha de assaltantes aos cofres públicos da história da humanidade. Por isso foi julgado e condenado em 3 instâncias judiciais. Deveria estar preso até hoje, mas foi “descondenado” na maior manobra jurídico/política da vergonhosa história desse país. Desde então o ambiente político e eleitoral no Brasil foi extremamente manipulado e formou-se um grande consórcio que reuniu praticamente todas as instituições de Estado e partidos políticos contra a reeleição do ex presidente Bolsonaro.
Lula foi eleito e ponto. Nos resta agora fazer oposição ao governo do ex presidiário e trabalhar para o país sofrer menos nesses próximos quatro anos. O país certamente pagará um alto preço por ter levado de volta à cena do crime um corrupto consagrado e que perdeu completamente o pudor em mentir.
Como o senhor considera a situação atual da liberdade de expressão e do estado democrático de direito no Brasil?
A LIBERDADE é nosso bem mais caro e inegociável. A expressão do que sentimos e nossa manifestação sobre esse sentimento é um DIREITO inalienável. Com Lula e a esquerda, tudo foi relativizado. A democracia, a liberdade de expressão, valores e tudo o mais que possa mostrar as contradições e mentiras dessa gente.
O país está em um profundo movimento de centrifugação ética onde os valores cristãos e familiares estão sendo combatidos por gente pervertida e que quer o caos social.
Pra essa gente pudor é vocábulo gasto, em desuso. É gente inescrupulosa e covarde que quer levar a cabo o plano comunista liderado por um Lula alicerçado no Maduro e no Ortega, “coleguinhas revolucionários“.
A Câmara de Vitória viveu polêmicas recentes com o movimento transexual. Foi aprovada uma homenagem no Dia das Mulheres a uma pessoa transexual. Além disso, foi vetado um projeto de lei que proibi na cidade banheiros neutros de sexo. Qual a opinião do senhor sobre isso?
Primeiramente, sou contra qualquer tipo de preconceito, seja ele de gênero, social, de etnia ou de raça. Contudo, sou defensor de valores e costumes familiares e não permito que o Estado tente intervir nisso.
Banheiro masculino para homens, banheiro feminino para mulheres. Os transexuais querem um banheiro para eles? Tudo bem! Então teremos 3 tipos de banheiros. Agora, eu não quero ver minha esposa ou minha mãe, no uso de um banheiro público ou privado que não lhe garanta TOTAL privacidade. E ponto final!
Com relação a homenagem de uma transexual no Dia das Mulheres, a lógica pra mim é a mesma: homenageia as Trans no Dia do Orgulho Gay ou qualquer outro dia específico para esse gênero. Sou conservador, cristão e não abrirei mão da defesa de minhas convicções.
E qual a sua opinião sobre a gestão do atual prefeito, Lorenzo Pazolini?
O prefeito Lorenzo Pazolini mostra comprometimento em promover o desenvolvimento da cidade e melhorar a infraestrutura física de Vitória, agindo em setores onde outros gestores não agiram, o que torna seu governo a meu juízo bem avaliado. No entanto, sempre há espaço para melhorias. Uma área em que o prefeito precisa focar mais é na promoção de políticas sociais mais abrangentes em relação às pessoas em situação de rua.
É importante garantir vagas em abrigos, assistência médica e social e oportunidades de reintegração para essas pessoas, visando proporcionar uma vida digna e ajudá-las a superar as dificuldades que enfrentam, mas principalmente não permitir que elas vivam nas ruas.
O senhor apoiaria Lorenzo Pazolini nas eleições do ano que vem?
Se o prefeito Lorenzo Pazolini decidir se candidatar à reeleição, estarei ao seu lado. Minha decisão de apoiar o prefeito se baseia em nosso compromisso com os interesses da cidade e em nosso trabalho conjunto para promover melhorias e desenvolvimento para Vitória. Continuarei a desempenhar meu papel como vereador e oferecer meu apoio crítico quando necessário, buscando sempre o melhor para a cidade e seus cidadãos.
Por Giulliano Pires Cavati
( CNES Consórcio de Notícias do Espírito Santo)
Jornalista, Gestor Público e especialista em planejamento e gestão estratégica e atua como empresário na área de comunicação e marketing político. Cadastre-se gratuitamente e receba notícias diretamente no seu celular. Clique Aqui