Mês da Mulher: conheça a história de Tatiane, que atua na Assistência Social
Se, ainda, hoje, 49 anos após a instituição do Dia Internacional da Mulher, alguém mantém a ideia que mulher não foi “feita” para exercer determinadas profissões ou ocupar alguns espaços, está na hora de conhecer a história de uma das mulheres que atuam na Secretaria de Assistência Social de Vitória (Semas).
Em destaque a coordenadora do Centro de Convivência de Solon Borges, Tatiane Galvão, de 38 anos, um potência em sua área de atuação que merece registro de sua trajetória.
Tatiane Galvão, há dois anos coordena uma equipe de 13 pessoas no planejamento, elaboração e execução de projetos e atividades focadas na promoção do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários no território continental da capital – uma região que agrega 15 bairros.
O Centro de Convivência é um dos espaços da Assistência Social de Vitória voltado para o atendimento de crianças, adolescentes e jovens. No Centro de Convivência de Sólon Borges é o que está no maior território da cidade (região que engloba 15 bairros), e atende mais de 160 pessoas, dentre elas 20 com deficiência e/ou transtornos mentais.
A extensão do território, as problemáticas e desafios que permeiam a execução do trabalho que pode amedrontar muitos, mas Tatiane encara como oportunidade de fazer a diferença. “A equipe me fortalece. Nos fortalecemos diariamente com o retorno de uma família, de uma criança, de um adolescente ou jovem atendido em nosso espaço. A percepção deles da potencialidade desse serviço é notório e que aqui é um lugar que transforma vidas”, disse Tatiane.
Ela fez questão de enfatizar: “estamos aqui para oferecer o melhor para a população. Esta é uma política pública forte que tem grande responsabilidade, garantir direitos, dignidade e sobretudo transformar vidas. O que nós fazemos aqui, hoje, é transformar a vida dessas famílias”.
Formada em Serviço Social pela Faculdade Católica Salesiana, ela já atuou em diversos locais e, até mesmo na área da saúde, mas é no Centro de Convivência que sente mais a importância de seu trabalho. “Os frutos que estamos colhendo é o resultado da nossa força, da nossa potência. Faço um exercício, inclusive, com os trabalhadores para que olhem para dentro de si. Assim, eles vão enxergando suas próprias potencialidades. Nosso grupo é muito potente. Todas as mulheres, do nosso grupo tem sido potência. Nos reconhecemos enquanto coletivo, deixando externar essa parceria e potência no trabalho. Sou grata de ser uma trabalhadora do Suas (Sistema Único da Assistência Social) e fazer parte desse coletivo de mulheres”, declarou ela.
Ao saber que foi apontada como uma das mulheres mais potentes da Semas, Tatiane não escondeu a emoção, mesmo afirmando reconhecer sua potencialidade. “Eu me considero uma mulher forte, guerreira, que não tem medo de trabalhar, de arregaçar as mangas para fortalecer esse serviço, mas nem todo dia a gente está forte, mas está tudo bem também”, falou Tatiane.
Ela acrescentou: “sou uma pessoa de garra, de bem com a vida e que gosta de viver na positividade. Como meta de vida tenho a de executar tudo da melhor forma possível”.
O modo de encarar a vida não a faz desconhecer e sentir os desafios de ser mulher na sociedade brasileira. “Toda mulher sabe que se luta o tempo todo contra a desvalorização da mulher, contra os problemas graves de gênero. É uma luta de reafirmação pela dignidade da mulher”, disse ela.
Ao ser questionada qual o maior desafio de estar na posição de líder, Tatiane é direta. “Não se faz política de Assistência Social sozinha. Esta é uma política de humanização. Tenho gratidão por essa jornada. Me sinto confortável no meu ambiente de trabalho. Amo estar aqui. Eu acredito que tudo é possível. Quando uma coisa não dá certo, eu revejo o que fiz para que aquilo não acontecesse naquele momento. Refaço e não desisto até realizar”, comentou ela.
A coordenadora citou como exemplo a implantação do projeto pioneiro entre os serviços de convivência do município, o “Encontro de Pais, Mães e Responsáveis por filhos com deficiência e transtornos”. “Foram oito meses de estudos, planejamento e articulação. E, agora, está aí. O primeiro aconteceu no final de fevereiro e, já estamos nos organizando para o próximo. Esses encontros serão bimestrais”, antecipou ela.
A secretária de Assistência Social de Vitória, Cintya Schulz, destacou que a secretária trabalha atenta ao público prioritário, nesse público estão mulheres. E entre nossos servidores e colaboradores muitas mulheres cuidam e garantem direitos. “Tenho certeza que muitas mulheres se sentem representadas pela Tati e por sua garra, determinação e paixão pelo que faz”, ressaltou Cintya.
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