Curva da Jurema Lotada no Terceiro Dia do Pan-americano de Va’a 2023
O terceiro dia do Pan-americano de Va’a’ 2023 continua movimentando a Curva da Jurema, com competidores dos mais variados países, em busca da vitória na competição. Esta sexta-feira (24) foi de grande emoção para todos os atletas e de forte presença brasileira nos pódios.
Além das diversas nacionalidades representadas na competição, os esportistas são das mais variadas idades, etnias e trazem na mala diversas motivações. Na ocasião, todos estão juntos por um motivo maior, sem quaisquer distinções.
A atleta Victoria, 72, começou a remar quando completou 60 anos. “Meu filho participou de um projeto social de Va’a’ quando mais novo. Na época, fui para o mundial, no Canadá, apenas como fotógrafa para acompanhá-lo, e só tinham cerca de 6 mulheres em toda a delegação. Decidimos montar uma canoa apenas feminina e participamos, mesmo sem preparo. Quando vi que existiam várias categorias, que abrigava todas as idades, percebi que poderia fazer isso também”, relata a competidora.
Inglesa, competindo pelo Brasil, conta que decidiu permanecer no esporte junto com o filho. Victoria possui vários títulos e ressalta a importância da divisão em categorias de idades, o que torna o evento mais inclusivo. “Acho maravilhosa a divisão, é uma das melhores coisas desse esporte, todas as idades podem participar. Também é mágico poder ver alguém paraplégico poder competir, além de ser um ótimo esporte para a cabeça”, completa.
Dona de vários títulos, como bi-campeã brasileira de OC6, campeã de V3 e V1, agora também vendedora Pan-americana, Cecília Four, é deficiente visual. Quando participou da V1, na categoria VL4, realizou um grande feito. “Fui na canoa individual, vendada. Minha guia foi o comando de voz do meu capitão, que estava em outra canoa”. Sobre as categorias do esporte, a vencedora afirma que “a canoa é muito inclusiva. Na minha equipe existem pessoas com deficiência visual, paralisia cerebral e deficiência motora. Tem espaço para todo mundo!”, comenta com alegria sobre sua participação.
O competidor Michael Coleman, 82, também marcou presença na competição e ressalta a importância da divisão em categorias para que todos possam participar sem serem lesados por quaisquer diferenças. “Tive uma experiência muito boa na competição de hoje. Aproveito para parabenizar a organização, que precisou repensar todo o percurso por conta do vento. É quase impossível fazer o que eles conseguiram realizar”.
“Quando eu comecei a remar, ainda não tinham categorias para todas as idades, precisava competir com pessoas com cerca de 10 a 15 anos a menos. Há pouco tempo foram adotadas as regras que criam grupos para pessoas mais velhas”, relata Michael.
Também na categoria paratleta, Elioni Souza, já participou de 2 Pan-americanos. “Sou natural de uma vila de pescadores, então minha vida toda foi no mar. Em 2010, sofri um acidente de trânsito e precisei passar por todo um processo de reabilitação até conseguir voltar para a água. Em 2017, consegui retornar para as minhas origens”, narra o competidor.
“Nosso esporte, obrigatoriamente, precisa ser dividido em categorias, para nivelar a competição e ficar justa para todos”, completa. Sobre o município, Elioni conta que “Vitória é o berço desse esporte. Todos os atletas precisam vir pelo menos uma vez para conhecer”, afirma.
III Campeonato Pan-americano de Va’a’ 202321 a 25 de novembro
21 de novembro (abertura)
Local: Curva da Jurema, Vitória.
Fonte: Prefeitura de Vitória.
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