Estudo aponta profissões mais e menos impactadas pela inteligência artificial

Um estudo recente revelou que ocupações ligadas à linguagem, produção de conteúdo, comunicação, áreas da computação, matemática e tarefas repetitivas baseadas em informação têm maior probabilidade de serem impactadas por modelos de inteligência artificial generativa.
Já profissões que envolvem trabalho físico, operação de máquinas ou funções essencialmente manuais tendem a ter menor exposição às transformações provocadas por essa tecnologia.
A pesquisa, intitulada “Trabalhando com IA: medindo as implicações ocupacionais da inteligência artificial generativa”, concentrou-se no mercado de trabalho dos Estados Unidos. Os pesquisadores analisaram cerca de 200 mil interações anônimas entre usuários e o Copilot — ferramenta de IA — para identificar as tarefas mais solicitadas, avaliar o desempenho da tecnologia e medir a parcela do trabalho realizada com sua ajuda.
A metodologia incluiu o uso do banco de dados O*NET, que descreve o escopo de trabalho de diferentes ocupações. A partir disso, foi criado um “índice de aplicabilidade da IA”, indicando o grau de potencial automação de tarefas em cada profissão.
Profissões com maior aplicabilidade da IA:
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Intérpretes e tradutores
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Historiadores
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Redatores, editores e revisores de texto
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Representantes de vendas e agentes de publicidade
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Cientistas políticos, matemáticos e cientistas de dados
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Professores universitários (especialmente de negócios e economia)
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Desenvolvedores web e analistas de gestão
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Atendentes de suporte ao cliente e operadores de telefonia
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Repórteres, locutores e radialistas
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Agentes de viagens, telemarketing, concierges
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Consultores financeiros pessoais e assistentes estatísticos
Profissões com menor aplicabilidade da IA:
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Operadores de máquinas pesadas e equipamentos industriais
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Auxiliares de enfermagem, técnicos em oftalmologia e massagistas
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Trabalhadores da construção civil, como telhadistas e mestres de obras
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Profissionais de serviços gerais, como faxineiros e lavadores de louça
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Trabalhadores da indústria de transformação, como fabricantes de pneus
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Operadores de sistemas de tratamento de água e gás
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Profissionais da saúde bucal, como cirurgiões-dentistas e protéticos
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Profissionais de remoção de materiais perigosos
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Operadores de empilhadeiras, tratores e outros equipamentos industriais
O estudo sugere que a adoção de ferramentas de inteligência artificial tende a crescer principalmente em áreas que envolvem manipulação de linguagem, análise de dados e processos sistematizados. Já setores que exigem habilidades físicas, sensoriais ou interpessoais mais complexas seguem menos suscetíveis à automação no curto prazo.

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