Ministério da Saúde anuncia compra emergencial de antídotos contra intoxicação por metanol

Ministério da Saúde anuncia compra emergencial de antídotos contra intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde vai adquirir, em caráter emergencial, 150 mil ampolas de etanol farmacêutico, antídoto utilizado no tratamento de vítimas de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol. A medida foi anunciada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em suas redes sociais.

“Determinamos a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar estados e municípios no tratamento de vítimas. A Anvisa também acionou produtores e agências internacionais para adquirir Fomepizol, outro antídoto usado em casos de intoxicação”, publicou o ministro.

Estoque estratégico e novas aquisições

De acordo com a pasta, o ministério já estruturou, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um estoque estratégico de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico em hospitais universitários federais e unidades do SUS. A compra emergencial de mais 5 mil tratamentos (150 mil ampolas) vai reforçar a reposição e garantir a distribuição conforme a demanda dos estados e municípios.

A Anvisa também abriu chamada pública internacional para identificar fornecedores de Fomepizol, medicamento específico contra intoxicação por metanol que ainda não está disponível no Brasil. O governo pediu à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) a doação imediata de 100 tratamentos e estuda adquirir outras 1 mil unidades por meio do Fundo Estratégico da entidade.

Segundo Padilha, as medidas são preventivas:
“Nos últimos anos, não ultrapassamos 20 casos por ano, mas temos observado registros maiores em São Paulo. Por isso estamos reforçando a rede e garantindo segurança para a população”, afirmou.

Casos suspeitos no Brasil

Até a tarde de quinta-feira (2), o país havia registrado 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Outros 11 casos foram confirmados laboratorialmente pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs).

O Ministério da Saúde confirmou uma morte em São Paulo em decorrência da intoxicação. Outros sete óbitos seguem em investigação — dois em Pernambuco e cinco em São Paulo.


Fonte: Agência Brasil