MPES investiga juízes e advogados por organização criminosa

MPES investiga juízes e advogados por organização criminosa

Juízes, advogados e outros agentes públicos e particulares são alvos de uma Operação do Ministério Público (MPES), batizada de “Follow the Money”. Eles são investigados por organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

Um alvo é o juiz Bruno Fritoli Almeida, que, em maio de 2015, foi nomeado para o cargo de juiz substituto pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espirito Santo (TJES), após uma decisão da Justiça Federal de primeiro grau que anulou o resultado da prova oral do concurso público para o cargo. Até junho de 2023, ele continuava ocupando cargo.

O outro alvo é o também juiz Mauricio Camatta, que liberou quase R$ 3 milhões no primeiro dia de substituição na 2ª Vara Cível de Vitória.

A Operação aconteceu em Vitória, Barra de São Francisco, Serra e Vila Velha, e também nos estados da Paraíba e Rio de Janeiro. Sete mandados de prisão preventiva, 30 de busca e apreensão, 2 de afastamento funcional de agentes públicos e 13 de suspensão do exercício da atividade profissional foram cumpridos na manhã desta quinta-feira (1), por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO CENTRAL E NORTE), com o apoio da Polícia Militar.

As casas de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos da “Follow the Money”. Também nesta fase da Operação está proibido o contato entre pessoas, de acesso às dependência de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, atendendo a requerimentos do Ministério Público contra 34 pessoas envolvidas no esquema.

“As investigações colheram evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos”, afirma o MPES.

Ao todo, 9 membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

Fonte: ES Hoje