Ordem de serviço para nova sede da Escola São Vicente de Paulo é assinada

Ordem de serviço para nova sede da Escola São Vicente de Paulo é assinada
Assinatura da OS da Emef São Vicente de Paulo

A nova sede da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Vicente de Paulo é um sonho antigo dos moradores da região do Centro de Vitória. Há mais de 15 anos, a comunidade escolar aguarda, com ansiedade, pelo equipamento público que ampliará em 36% a capacidade de matrículas das atuais 550 vagas para 750. O investimento é de R$ 17.490.000.

O projeto contempla um prédio moderno, com três pavimentos, acessível e sustentável. A ordem de serviço para início das obras foi assinada na última sexta-feira (25), pelo prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, com as presenças dos secretários de Educação, Juliana Rohsner, e de Obras, Gustavo Perin, além de outras autoridades e membros da comunidade.

“Estar aqui representa o compromisso de uma gestão com a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Eu ouvi aqui que há muito tempo a Prefeitura estava distante do Centro. Esse é o nosso papel, reconectar Vitória. Parabéns à Câmara, ao secretariado e à sociedade civil organizada que se mobilizou e esteve conosco, apresentando a demanda. Só nessa obra são mais de R$ 17 milhões”, disse o prefeito Lorenzo Pazolini.

Ele ponderou que esse momento significa ressignificar o Centro de Vitória. “Semana que vem, o Mucane terá a assinatura do edital para ampla reforma. Tivemos o Natal mais bonito do Estado. Reabrimos a Fafi, colocamos as oficinas para funcionar. É isso que vamos fazer aqui. E tenho certeza que vamos voltar para inaugurar a Escola São Vicente de Paulo. É o maior investimento da história no Centro de Vitória. Não tem convênio, não tem repasse, são recursos próprios. Iremos nos encontrar em breve também na licitação do Mercado da Capixaba e, em breve, vamos inaugurar o Residencial Santa Cecília, com 35 unidades habitacionais funcionando.”, disse o prefeito.

A nova Emef São Vicente de Paulo será construída na rua Loren Reno, no bairro Moscoso, no terreno onde anteriormente se localizava o Colégio Americano Batista. A previsão é de que o prédio seja construído em 720 dias.

Festa

“É um dia festa e alegria. Muita responsabilidade nos trouxe até aqui, sempre acreditando que a educação é que faz a diferença na vida dos nossos estudantes. A Emef São Vicente de Paulo hoje tem fila de espera por vaga. Nós vamos sair de 550 atendimentos para 750 vagas. Faremos uma escola planejada, digna dos nossos estudantes. Nós vamos mostrar que não estamos aqui brincando. Na gestão do prefeito Lorenzo Pazolini, a ordem de serviço só é dada quando o recurso já está reservado. Agradeço à toda a equipe envolvida no projeto, que ficou lindo. O novo São Vicente de Paulo será mais um orgulho para Vitória”, comemorou Juliana Rohsner, secretária de Educação.

Plano Vitória
A obra faz parte do Plano Vitória, com investimentos de R$ 1 bilhão, até 2024, lançado em setembro do ano passado pelo prefeito Lorenzo Pazolini. O Plano Vitória é fruto do ajuste fiscal e financeiro realizado pela atual gestão e prevê ações em educação, saúde, infraestrutura, mobilidade, urbanização, habitação, equipamentos esportivos e culturais e tecnologia.

O projeto
Na nova sede, serão construídos três pavimentos. O edifício foi projetado respeitando as normas de acessibilidade em todos os espaços, banheiros acessíveis em todos os pavimentos, bebedouros acessíveis, portas com largura mínima de 80 centímetros e piso tátil nos desníveis. A acessibilidade interna do prédio está garantida através de rampa.

“Quero agradecer o trabalho da nossa equipe técnica. Sem essa turma, isso não era possível. A parceria é o que nos faz chegar aonde chegamos. A Emef São Vicente de Paulo não estava no radar quando chegamos à gestão. Mas a educação é prioridade. Estamos trazendo uma obra de mais de R$ 17 milhões, 5 mil metros quadrados. Será a maior obra da educação de Vitória a nona escola São Vicente de Paulo”, disse o secretário de Obras, Gustavo Perin.

O novo prédio contará ainda com três escadas de acesso, para atendimento às normas do Corpo de Bombeiros. A ligação entre a construção nova e a quadra já existente será realizada através de uma circulação externa em rampa e plataforma elevatória além de uma escada. Esta circulação externa também dará acesso a um pátio, que será mais uma opção de recreação e ou uso pedagógico de espaço livre.

Aliston Nascimento, presidente da Associação de Moradores do Moscoso, celebrou: “Hoje, quem ganha com essa obra é todo mundo. Há 16 anos, estamos tentando. E o senhor, com 15 meses, vem dar a ordem de serviço. É uma obra muito boa pra comunidade, vai beneficiar as famílias que hoje precisam levar suas crianças para a Ilha do Príncipe. Quero agradecer de coração.”

O prédio será construído em estrutura convencional de concreto armado e alvenaria de lajotas rebocadas, revestidas internamente com barra de cerâmica ou azulejo, emassadas e pintadas com tinta PVA Látex e externamente rebocadas e pintadas com tinta acrílica texturizada e piso em granilite.

“É com imenso prazer que a comunidade da Emef São Vicente de Paulo chega a esse momento depois de esperar 16 anos por esse projeto, tem esse sonho. Muitas mães estão aqui hoje. São anos de luta!”, destacou Ellison Christian, diretor da Emef São Vicente de Paulo.

Radan Brendon
Assinatura da OS da Emef São Vicente de Paulo
“São 16 anos, muitas promessas, muitos desafios. Somos engajados para que esse projeto aconteça. Estamos hoje vendo e participando desse momento que é histórico, é um legado que ficará para o Centro. É um momento muito especial, que a gente vê que vale a pena como comunidade participar”, declarou Cláudia Almeida, presidente da Comissão de Pais da Emef SVP.

Entre os detalhes, constam janelas em alumínio e vidro com proteção por telas. Portas de madeira maciça. Bancadas em granito e aço inox. Cobertura com telhas metálicas termoacústicas. Louças, metais, ferragens e luminárias de boa qualidade.

Sustentabilidade

A edificação terá itens de sustentabilidade como uso de lâmpadas de LED, sistema de energia solar, utilização de torneiras de pressão com arejadores, bem como redutores de vazão para economia de água e captação e reuso de água de chuva.

O setor administrativo, localizado logo após o acesso à Emef, será composto de espera coberta para familiares, secretaria, arquivo, direção, coordenação e depósito de material didático.

As 17 salas de aula são distribuídas por classes de ciclo anuais, como do 1º ao 5° ano e salas de disciplinas específicas, Inglês, Matemática, História, Português e Geografia, além de Artes, Ciências e de uso integral, por onde os estudantes se deslocarão durante o período de aulas.

O refeitório terá 96 lugares de capacidade, suas instalações e as da cozinha, assim como o depósito de merenda e análogos, atenderão às normas da Vigilância Sanitária, bem como os vestiários e instalações para funcionários, que ainda atendem às normas do Ministério do Trabalho.

Conhecendo os espaços

O setor de serviços, que possui acesso independente será composto de: casa de gás, casa de lixo, vestiários de funcionários (feminino e masculino), sala de funcionários, área de serviço, depósito de material de limpeza e de merenda, recebimento de materiais e cozinha industrial com passa-pratos para o refeitório dos estudantes.

Os pátios coberto e descoberto do pavimento térreo atenderão as turmas do 1º ao 5º ano, cujas salas ficarão neste andar, enquanto os pátios coberto e descoberto dos pavimentos superiores atenderão os estudantes dos anos finais (6º ao 9º ano), proporcionando recreação separada para as diferentes faixas etárias.

O segundo pavimento terá as salas de aula específicas para determinadas disciplinas, sala de recursos multifuncionais, sala multiuso/vídeo, biblioteca, sala de Informática, pátio coberto, área de serviço, sala de coordenação, depósito de material didático, sala dos professores, sala de planejamento e banheiros.

O terceiro pavimento contemplará também pátios coberto e descoberto, 3 salas de aulas, sala de educação física, quadra poliesportiva com arquibancada e vestiários para estudantes, bem como o acesso para a quadra já existente, que será reformada.

O auditório, localizado também no 3º pavimento, com capacidade para 161 pessoas, terá palco e rampa de acesso ao palco, além de banheiros acessíveis, camarins e depósito.

Com a adição da quadra existente, a escola terá duas quadras esportivas, aumentando o atendimento escolar neste quesito, podendo mais turmas realizarem atividades esportivas simultaneamente.

Para a construção da nova Emef foram demolidos os edifícios Alberto Stange, A. J. Terry e Alice Reno, a quadra esportiva e apoio/vestiários e duas casas, localizados na rua Loren Reno, 17.

Restauro

A Prefeitura de Vitória preservou o histórico prédio do antigo Colégio Americano Batista, que é tombado pelo patrimônio histórico e continuará abrigando o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Ernestina Pessoa, que atende 211 crianças nos turnos da manhã e tarde. Em 2006, ele foi adquirido pelo município e restaurado.

Contexto histórico
A história do prédio tem origem na vida de seu idealizador, o missionário da Igreja Batista Loren Marion Reno, natural de New Castle, no Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Ele era bacharel em Pedagogia, Ciências e Teologia e organizou a Missão Batista em todo o Espírito Santo. Em 1902, Loren Reno casou com Alice May Wymer e, dois anos depois, o casal missionário da Igreja Batista chegou ao Brasil.

Em 1907, Loren Reno organizou, então, em sua residência, localizada na avenida Schimit, 70 (hoje avenida Governador Florentino Avidos), o Colégio Batista na cidade de Vitória, para atender os filhos de missionários e evangélicos da época. Em 1919, com o crescimento do colégio, Loren Reno adquiriu uma grande chácara às encostas do Morro do Moscoso.

Em 7 de setembro de 1934, ele realizou seu sonho inaugurando o colégio na “Chácara do Moscoso” (hoje Rua Loren Reno) com quatro prédios: um para a residência da família missionária Reno, um para internato masculino e outro feminino e um para aulas e administração. No final de 2006, a Prefeitura de Vitória comprou o prédio, que foi restaurado e entregue em 2011.

São Vicente de Paulo
O Ginásio São Vicente de Paulo foi fundado em 1913 pelos irmãos Aristóbulo, Kosciuszko e Miguel Barbosa Leão. A Escola São Vicente de Paulo foi a primeira escola particular instalada na capital capixaba.

Em 26 de julho de 1971, todo acervo do estabelecimento de ensino, correspondência e objetos pessoais foram doados pelo professor Aristóbulo Barbosa Leão à Prefeitura de Vitória, tornando-se Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) São Vicente de Paulo.

A escola ocupou por 93 anos a casa do governador Muniz Freire e foi transferida para o antigo Colégio do Carmo, onde se encontra até a presente data.

Reprodução: PMV