Prefeitura de Vitória entrega obras de reforma do Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas”
A manhã desta terça-feira (27) foi marcada por uma importante entrega para Vitória: a conclusão das obras de reforma do Museu Capixaba do Negro “Verônica da Pas” (Mucane), no Centro.
As intervenções, para as quais foram investidos R$ 59.465,07, aconteceram em três áreas: no hall de entrada, no auditório e no telhado.
Na entrada, houve substituição do forro de gesso, acabamento tipo liso com emassamento, pintura, instalação de pontos elétricos para ligação da cortina de ar e substituição de lâmpadas de LED.
No auditório, foram realizados substituição do forro de gesso, acabamento tipo liso com emassamento, pintura de parede conforme especificação histórica, pintura de portas, instalação de carpete e substituição de lâmpadas de LED.
O telhado e a calha do Mucane passaram por restauração, com aplicação de manta asfáltica, limpeza de calhas e coletores, ligação de dreno no ralo da calha, retirada de forro lambri e instalação de nova calha.
História
“Estamos reescrevendo a história da nossa capital. Queremos valorizar a história de luta de homens e mulheres que tanto contribuíram para a construção do Brasil, do Espírito Santo e de Vitória. Essa é a razão do nosso cuidado, do nosso zelo com o Mucane. Quando o secretário (Luciano Gagno, de Cultura) nos fez essa solicitação, não pensamos duas vezes! Esta é uma ação que repercute em toda a sociedade e no trabalho cultural que aqui é desenvolvido. Tenho a plena convicção de que uma sociedade mais justa e igualitária só se fará a partir desse tipo de realização, valorizando a cultura, a arte, a história e a educação”, afirmou o prefeito da capital, Lorenzo Pazolini.
“A realização dessa reforma representa, sobretudo, um movimento de união. Uma sinalização para a sociedade de que a igualdade é um pilar sobre o qual a nossa gestão se sustenta. Essa intervenção é história, é luta, é conquista e é um direito que, agora, a comunidade volta a desfrutar”, completou o secretário municipal de Cultura, Luciano Gagno.
Reabertura
A coordenadora do Mucane, Thaís Souto Amorim, destacou que as obras, que duraram 75 dias, são importantes para que os munícipes possam viver esse tradicional espaço. “Nesse processo de reabertura gradativa dos espaços culturais, eles precisam estar em condições de receber a população. Aqui realizamos oficinas, exposições, reuniões e movimentos sociais. Com o espaço reformado, podemos cumprir o nosso papel de desenvolver políticas públicas relacionadas aos direitos da população negra vinculados às diversas linguagens culturais e sociais que originam a nossa história”, ponderou Thaís.
Funcionamento
Atualmente, o Mucane está com duas exposições em exibição: “Erù-Iyá: movimentos antirracistas”, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), e “Paciência de Pescador”, contemplada no edital de seleção de projeto de ocupação do museu, ano 2019/2020, e realizado com recursos do Fundo Municipal de Cultura (Funcultura).
“Além das exposições, retomamos algumas oficinas, como violão, capoeira, percussão e cavaquinho. É importante frisar que temos respeitado o distanciamento social, o uso de máscara e álcool em gel, além de quantidade de alunos por turma. Em salas fechadas, estão autorizados cinco alunos e, no pátio externo, oito alunos por formação”, detalhou a coordenadora.
Os horários de visitação são: de terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e aos sábados, das 10 às 14 horas. Visitas individuais não necessitam de agendamento prévio, porém o fluxo de pessoas é controlado e dividido entre os espaços do museu.
Para pequenos grupos, há necessidade de reserva por meio do e-mail [email protected].
Reprodução PMV
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