Projeto Família Cidadã auxilia empreendedores de Vitória
Família Cidadã
A formação para o empreendedorismo é um dos focos de atuação do Projeto Família Cidadã. Em conjunto com os consultores, os participantes elaboram um Plano de Negócio, no qual são estabelecidos os objetivos, as metas e as contrapartidas para que o empreendimento se fortaleça.
Durante a pandemia, os acompanhamentos têm sido feitos por telefone, aplicativos de mensagem e presencial, obedecendo aos protocolos de segurança.
Além disso, os pequenos empreendedores participam de palestras e oficinas voltadas para educação financeira, marketing, redes sociais e precificação, por exemplo. Desde o ano passado, esses conteúdos têm sido compartilhados por meio de vídeos e reuniões virtuais.
O PFC é um benefício de transferência de renda mantido com recursos municipais, que compreende auxílio financeiro de R$ 400,00 para iniciar ou qualificar um empreendimento popular e o apoio socioassistencial às famílias em situação de vulnerabilidade social, inscritas no CADÚnico e atendidas pelos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Os Cras são a porta de entrada para o PFC, que contempla uma média de 80 famílias por mês.
O benefício é concedido por três meses, podendo ser renovado, e o objetivo é proporcionar o crescimento de renda familiar, a autogestão de empreendimentos populares e a autonomia das famílias beneficiárias.
Quem vê o orgulho de Maristhela Rafael apresentando seus produtos de confeitaria não imagina a trajetória de superação e trabalho que ela trilhou em pouco mais de um ano. Ela começou a participar do Programa Família Cidadã (PFC), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e que estimula a inserção no mercado de trabalho formal, em novembro de 2019, quando se encontrava em uma grave situação financeira e estava sozinha para cuidar de três filhas.
“Foram muitos obstáculos e quase desisti, diante das dificuldades que surgiram com a pandemia. O apoio financeiro, o acompanhamento da equipe de consultoria e as qualificações foram fundamentais para eu continuar no programa e alcançar meus objetivos. Hoje, minha renda está maior e já sonho em avançar ainda mais profissionalmente”, disse Maristhela.
Tudo começou quando ela fez um bolo confeitado para o aniversário de uma conhecida. Ela recebeu elogios e novas encomendas, mas não tinha materiais para trabalhar e também não sabia como colocar preço nos produtos. “Eu pedia forma emprestada, batedeira e até forno”, lembra.
Cozinha
Hoje, ela possui uma cozinha exclusiva para a produção e utiliza equipamentos profissionais comprados com o recurso do PFC.
As encomendas não param de chegar, sempre pelas redes sociais e aplicativos de mensagens. Bolos confeitados, ela faz cerca de 15 por mês, fora a produção de bombons, bolos no pote e doces diversos.
“Os próximos passos são criar meu CNPJ e avançar em cursos de confeitaria e gastronomia profissionais”, revela.
Empreender é aprender
Segundo Maristhela, não basta saber fazer bolos para empreender. “Eu descobri um mundo completamente diferente na minha vida! Tive de aprender a registrar cada compra e cada venda, a calcular os preços, a separar o dinheiro da produção, o dinheiro da família e o dos investimentos no próprio negócio”, conta.
Além de aprimorar as receitas e a decoração dos bolos, precisou aprender a fotografar os produtos e a administrar os perfis nas redes sociais.
Fonte: Reprodução Prefeitura de Vitória Foto: Reprodução (Leonardo Silveira/PMV)
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