Refeitório legal: projeto promove autonomia na oferta da alimentação escolar
O projeto “Refeitório Legal”, desenvolvido pela Secretaria de Educação de Vitória (Seme), por meio da Coordenação de Alimentação e Nutricão Escolar (Cane) busca transformar a maneira como os estudantes encaram a alimentação escolar. A iniciativa foi lançada nesta quarta-feira (8), envolvendo representantes de turma das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emef TI) Eunice Pereira Silveira, do bairro Tabuazeiro, que sediou a cerimônia, e da Paulo Reglus Neves Freire, em Inhanguetá, que serão as primeiras unidades a receberem o projeto piloto.
O Refeitório Legal vai adotar o modelo self-service para servir a alimentação escolar, permitindo que os estudantes tenham maior autonomia na escolha dos alimentos do cardápio. Essa abordagem está alinhada com um dos princípios das escolas em tempo integral, que é incentivar o protagonismo e a autonomia dos estudantes. Além disso, essa prática contribui para a redução do desperdício de alimentos. Atualmente, as merendeiras são encarregadas de servir os pratos aos estudantes.
“Durante o evento, discutimos importantes tópicos relacionados à educação alimentar, como a prática da alimentação consciente e atenção plena, bem como boas práticas a serem seguidas no ambiente do refeitório. Além disso, contamos com a colaboração de alunos da UFES envolvidos no ‘Projeto Boas Práticas’, que conduziram atividades práticas sobre higienização das mãos e conscientização sobre microorganismos”, explicou Mariana Zouain, nutricionista e coordenadora da Cane.
Dessa forma, o primeiro passo foi realizar uma conscientização junto aos estudantes, afinal, a mudança vai ser implementada nas duas unidades de ensino, beneficiando mais de 680 estudantes matriculados. Agora, as escolas irão iniciar o processo de aquisição de balcão térmico e utensílios, para que seja possível a implementação ainda no primeiro semestre.
Protagonismo estudantil
Outro aspecto importante do projeto é que a ideia foi formulada pelos próprios estudantes, nas reuniões de representantes de turma. Agora, eles tem o papel de socializar sobre o projeto com todos os demais estudantes. Maria Luiza Guerra, do 9º ano da Emef de Tabuazeiro, falou sobre o projeto. “Ele amplia nossos locais de aprendizagem, promovendo autoconhecimento, protagonismo e autonomia. Assim, também vai ocorrer uma redução no descarte de alimentos que não eram consumidos nas refeições”, destacou.
Felipe Gabriel, da mesma turma, destacou a promoção de aspectos importantes como o bem estar físico e emocional. “Por meio desse projeto teremos um aprofundamento na educação nutricional e de adoção de hábitos de alimentação saudáveis. Além disso, valoriza o bem estar físico e emocional dos estudantes, além do desenvolvimento da autonomia”, disse.
Estevão Lopes, do 7º ano, também aprovou a iniciativa. “O que mais me chamou a atenção, foi a redução do desperdício, pois considero um tema muito importante. Além disso, você se sente melhor quando pode escolher a quantidade de comida, o que quer colocar no prato ou não. Aprendemos também que devemos ter plena atenção no momento de nos alimentarmos”, comentou.
Oliver Almeida, do 2º ano, também é representante de turma e disse que vai ajudar a escola para garantir que a implementação do projeto seja bem sucedida. “Aprendemos muita coisa importante na reunião, e agora temos a responsabilidade de repassar esses ensinamentos para todos os colegas. Acredito que vai ser uma mudança muito positiva para todos”, disse o estudante.
Benefícios para os estudantes
À frente da direção da Emef Paulo Reglus Neves Freire, a diretora Livia Araújo destacou a importância da iniciativa. “Vejo essa iniciativa como uma oportunidade emocionante para promover o protagonismo dos alunos e incentivar hábitos alimentares saudáveis. Acredito que essa abordagem não apenas fortalecerá a autonomia dos estudantes, mas também contribuirá para um ambiente escolar mais inclusivo e acolhedor. Estou confiante de que, com o apoio adequado da comunidade escolar, essa iniciativa será bem-sucedida e trará benefícios significativos para o desenvolvimento integral dos alunos”, destacou a gestora.
Por sua vez, a diretora Eliane Amorim destacou os benefícios para os estudantes. “Temos nas escolas em Tempo Integral o protagonismo como premissa, e acreditamos que é na escola que o estudante terá acesso pleno a cidadania e uma formação que contemple a integralidade dos sujeitos. Implementar um sistema self-service no refeitório promove autonomia aos estudantes, tomadas de decisões, possibilidades de escolhas, hábitos alimentares saudáveis e bem-estar aos alunos”, comentou a diretora.
O evento de lançamento do Refeitório Legal foi conduzido pelas nutricionsitas da Cane Bárbara Santos Valiati e Danielly Lucas Sampaio, que também contaram com o apoio de estagiários. Elas também foram responsáveis pelo planejamento do projeto junto às gestoras das unidades de ensino.
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