Sesc Glória recebe 1ª Mostra “Orlando Bomfim Netto” de Audiovisual de Vitória
O cenário cultural audiovisual estará em alta nesta sexta (13) e sábado (14) na capital. É que nos dois dias será realizada a 1ª Mostra “Orlando Bomfim Netto” de Audiovisual de Vitória.
O evento, promovido de forma inédita pela Secretaria Municipal de Cultura (Semc), tem a finalidade de realizar o lançamento e exibição das oito produções de audiovisual derivadas do Edital de Chamamento Público nº 007/2021 de Seleção de Propostas de Produções de Audiovisual – Lei Aldir Blanc. As categorias contempladas são: documentário, videoclipe e animação.
A mostra, que ocorre no Sesc Glória, lançará quatro produções na sexta e mais quatro no sábado. O início das exibições está marcado para às 19 horas, em ambos os dias.
O encontro é aberto somente para convidados e contará com a presença dos artistas e produtores de audiovisual, titulares dos projetos, servidores da Cultura de Vitória e autoridades municipais.
Logo após o lançamento, cada produção, que contará com audiodescrição e legendas, será disponibilizada na plataforma dos proponentes.
Os projetos têm diferentes classificações indicativas que deverão ser observadas pelo público.
Confira abaixo os lançamentos:
Sexta-feira – 13/05
– “Rosário dos homens pretos” (documentário) – Direção: Ariny Bianchi;
– “História de um avô” (animação) – Direção: Wolmyr Alcantara e Francielli Noya;
– “Sou negro” (videoclipe) – Artista: Monique Rocha / Direção: Cintia Braga;
– “Força, Coragem e Fé” (videoclipe) – Artista: Herança Negra / Direção: Maurício Jacob.
Sábado – 14/05
– “O Caminho das Mãos” (documentário) – Direção: Ricardo Sá e Jamilda Bento;
– “Saudades em Cor” (animação) – Direção: Arthur Felipe Fiel;
– “Chama Maré” (videoclipe) – Artista: Fepaschoal / Direção: Manel Fogo;
– “Marcha, Mastro e Fé” (videoclipe) – Artista: Arthur Navarro / Direção: Arthur Navarro.
Orlando Bomfim Netto
A mostra, realizada pela Semc, homenageia o roteirista, diretor, fotógrafo e cineasta Orlando Bomfim Netto, falecido em julho de 2021.
Natural de Minas Gerais, Bomfim fixou residência no Espírito Santo após ter morado no Rio de Janeiro. O roteirista foi o primeiro cineasta a registrar de forma sistemática aspectos da história e da cultura do Espírito Santo, em documentários que se tornaram um importante patrimônio para a cinematografia capixaba.
Conhecido pela produção de curtas e médias-metragens, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragens do Espírito Santo (ABD Capixaba) tendo também presidido o Departamento Estadual de Cultura (DEC) do Espírito Santo.
No meio cultural, o nome de Orlando Bomfim Netto é destaque pela extraordinária contribuição para a cultura onde se inclui a preservação e defesa, não apenas do patrimônio cultural capixaba e do país, mas também do patrimônio natural, tão bem retratados nos documentários “Tutti, Tutti, Buona Gente, propriamente buona”, sobre o centenário da imigração italiana em Santa Teresa; “Augusto Ruschi Guainaunbi”, sobre o patrono da ecologia do Brasil; “Itaúnas: desastre ecológico”, sobre o aterramento da antiga vila de Itaúnas, no norte do Estado; “Canto para a liberdade – a festa do Ticumbbi”, entre outros.
Filho de Orlando da Silva Rosa Bonfim Júnior, o cineasta viveu para encontrar o paradeiro do pai, desaparecido na época da ditadura militar no Brasil. A triste memória se reflete em muitas de suas obras.
Em 1975 a família de Orlando Bomfim recebeu um telefonema anônimo, no qual algum amigo de seu pai comunicava a prisão de Orlando e pedia que a família contratasse um advogado e comunicasse o fato à Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Preso nas proximidades da Vila Isabel, o pai do cineasta nunca mais foi visto. O desaparecimento que persiste por quase 50 anos foi registrado no documentário “História Oculta” (de 2014).
Reprodução: PMV
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